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Patrícia Siqueira

Patrícia Siqueira é uma artista multilíngue natural e residente da cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais. Sua trajetória no mundo das artes começou por meio da dança, campo no qual construiu uma carreira fecunda como bailarina profissional. Ao longo dos muitos anos em que atuou na área fez parte da Cia de Dança, ministrou aulas de Ballet e atuou também como coreógrafa. Depois, começou no teatro a fim de incorporar modificações às suas coreografias, daí em diante, vieram outras formas de expressão artística como performance, vídeo-arte e intervenções urbanas.

Dando continuidade aos seus estudos, cursou Artes Plásticas na Universidade do Estado de Minas Gerais, onde habilitou-se em desenho. Durante seu período formativo, pôde explorar muitas vertentes de sua área de habilitação, tendo desenvolvido um interesse especial pela abstração, fascínio que a acompanha até os dias de hoje. A criação em si, independente da linguagem empregada, é a questão fundamental de seu trabalho. Ela reflete as vivências de construção da artista e seu conhecimento de expressão corporal advindo da dança e do teatro. Suas obras não se fecham em uma categoria apenas, mas se beneficiam dessa simbiose existente entre as diferentes linguagens que desenvolveu ao longo de sua trajetória.

Um tópico que atravessa toda a sua produção, da concepção à execução, é o movimento: do fluxo de pensamento, das coisas ao seu redor e do mundo em sua amplitude. É também o movimento que tem conduzido o seu trabalho e pesquisa para o desenho/ pintura expandida, trazendo sua memória de fluxo, de movimento, de ocupação do espaço, incluindo experiências com improvisação e com composição de cena de forma síncrona.

Sobre o seu processo criativo, Patrícia não busca por um estilo, mas sim por satisfazer “a urgência do traço”, ou seja, o seu impulso interior que só adquire matéria no tempo e espaço através do gestual. O caráter único de sua obra vem justamente dessa fugacidade e imprevisibilidade de seu fazer, que se apresenta ao olhar do espectador como uma dança. Segundo a própria artista: “Ele (o seu trabalho) é único em si mesmo. Não tenho como repeti-lo ou refazê-lo. Ele é como ele nasce. Ele é um acontecimento que se dá daquela maneira, naquele momento. Em outro momento, será outro.”

No que tange aos materiais, predomina o uso do nanquim sobre papel, todavia, também estão incluídos guache, tinta acrílica e bastão a óleo. Um fato curioso sobre o seu processo de trabalho é que Siqueira lança mão de diferentes objetos de uso cotidiano e de construção, tais como vassoura, rodo, galhos, buchas, trincha, brocha, escovão, entre outros, em substituição ao pincel tradicional. Essa prática começou no período da pandemia e acabou sendo incorporada ao seu modo único de pintar. O corpo também segue sendo um importante instrumento de seu ofício, mas agora como o responsável por “dar corpo” ao seu desenho, fixando com a tinta o que há nele de incorpóreo.

Entre 2011 e 2023, Patricia Siqueira apresentou seu trabalho em 27 mostras em países como Brasil, Itália, Estados Unidos, Sérvia, Escócia, Grécia, Turquia e Alemanha. Entre feiras, instituições e galerias de arte que já abrigaram o trabalho da artista, pode-se citar: Venice International Art Fair em Veneza; Art Square Gallery em Nova York; Palácio das artes em Belo Horizonte. Em dezembro de 2023, o Centro Cultural Solar de Botafogo, no Rio de Janeiro, entrará para essa seleta lista em virtude da participação de Patrícia na exposição promovida pela Ícone Assessoria Artística.

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