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Farley Cantidio

Mineiro, natural da cidade de Montes Claros, o artista, escritor e médico, Farley Cantidio, vive e trabalha atualmente na cidade de Belo Horizonte. Já na infância, buscava maneiras de externalizar sua criatividade através do fazer artístico, seja no desenho, na pintura ou no uso da colagem. Uma das lembranças mais marcantes desse período foi a realização de um trabalho com colagens tendo como referência a obra Retirantes, de Cândido Portinari. Nutriu, desde cedo, grande admiração também pela arte do período renascentista e pela pintura de temas sacros, fato que o levou a representar figuras do clero e da iconografia cristã, como santos e anjos.

Embora autodidata, Farley teve como mestres o olhar curioso e a vontade de expressar suas ideias, além de alguns artistas e movimentos da pintura que lhe serviram de referência, atuando como verdadeiras escolas. São eles: os impressionistas Vincent Van Gogh e Claude Monet, cujas pinturas se caracterizam pelo uso difuso das cores na composição de elementos da natureza, de cenas bucólicas e de costumes. Também a técnica empregada por Johannes Vermeer, o surrealismo de Salvador Dalí e as combinações de cores de Gustav Klimt. Daí a sua predileção pelos tons vivos, luminosos e pelo uso da cor em sua forma pura. Tal como se verifica na pintura Tempo de colheita (2024) que tem como centro da composição os tons pastéis em contraste com o entorno mais vibrante, e Tucano (2022), na qual tem destaque o uso das cores complementares azul e laranja, que capturam a atenção do espectador para a figura central, que parece olhá-lo de volta.

Durante sua trajetória na área da saúde, trabalhou no Serviço de Assistência Social, onde prestava atendimento aos familiares dos pacientes e proporcionava acolhimento nos momentos de luto. Tal experiência foi transformadora no sentido de compreender profundamente o sofrimento humano e encontrar palavras que lhes trouxessem conforto. O trabalho na medicina repercute, sobretudo, na sua busca incessante por respostas para questões inerentes à condição humana, como as desigualdades, a pobreza, a corrupção e questões ambientais, às quais o artista chama atenção em muitas de suas obras. Outra experiência significativa para a sua arte foi a sua passagem pelo norte do Brasil, momento em que esteve em contato com povos originários - ampliando os seus saberes acerca da floresta amazônica, sua flora e fauna.

As técnicas e linguagens utilizadas demonstram sua versatilidade, ao transitar desde a pintura digital até a tinta acrílica sobre tela (e não para por aí). Incluem-se aqui também incursões pelo território da escrita, com o lançamento do livro de ficção intitulado Inóspita Redenção (2022) e com participações em antologias poéticas. Em sua produção, rejeita a ideia de cópia e procura desenvolver um estilo próprio e marcante, que gera indagações ao mesmo tempo em que se constitui como um convite à apreciação.

© 2022 por Ícone Assessoria Artística

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