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Cláudio Fagundes

Cláudio Fagundes. Um artista que eterniza o dia a dia através de suas lentes, buscando fazer com que cada momento se torne objeto de apreciação, reflexão, provocação. Suas fotografias são o resultado do desenvolvimento de um olhar que envolve técnica e sensibilidade, levando sua arte ao outro e, possível, tornando o outro um atento ao cotidiano em potencial. Porque tudo está em movimento constante, em suas alterações, descompassos e compassos, em métricas tais quais as músicas presentes nos discos da loja em que iniciou sua carreira profissional, lá em 1987. Imprevistos, a empresa de nome “Mundo dos Discos” faliu. Assim, fim de um lado, início de outro.

Um dos donos foi trabalhar em um estúdio de fotografia e ofereceu a Cláudio o cargo de office boy. Depois de alguns meses, o futuro artista se apropriou dos processos fotográficos feitos no estúdio, recebendo a oportunidade de trabalhar no laboratório de revelações de filmes. Dali, outro salto fundamental na trajetória: torna-se assistente de fotografia de Luiz Garrido, reconhecido fotógrafo de grandes marcas. Essa oportunidade foi o início da consolidação desse carioca nascido e residente na cidade maravilhosa, especificamente na Ilha do Governador.

Especializações através de cursos e vivências, trocas e a expansão do trabalho em exposições. Exemplo, a primeira experiência na exposição Natal Sem fome (1993) - Rio de Janeiro, Centro Cultural CCBB, com uma fotografia no vídeo circulando internamente. Após, foram 4 Exposições individuais na Biblioteca Popular da Ilha do Governador - RJ (1999), Mostra Cara - Shows Janeiro (2000), Caminhos do Brasil (2001), portfólio Cláudio Fagundes (2005), Exposição Ilha do Governador (2014), Exposição U.A.I.G (União dos artistas da ilha do governador) e Fotografias Mapa da Ilha do Governador (obra doada à Biblioteca Popular da Ilha).

Transformar em imagem a grandeza do prosaico cotidiano, em suas pequenezas que assumem tamanho de planeta e mexem com a percepção de quem encontra suas fotografias em exposições ou outros meios. Quiçá, quem sabe, sendo alvo do foco. Compondo a imagem que encontrará outros tantos por aí. Um enquadramento que refaz o sentido das coisas, que mexe com a ordem. Tal como a ordem de Cláudio Fagundes foi mexida quando em um laboratório, presenciou a maravilha da revelação de uma fotografia pela primeira vez. Um nascimento, quase. Tateando discos e suas fotos de capa, sons que produzem as imagens. Imagens que dão outros tons aos sons. Um office boy que percorria ruas e nas ruas aprendeu a tornar as imagens vistas.

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